FELIZ 2011





Todas as postagens que não são de minha autoria é dado o devido crédito e citado a fonte, até porque quando se copia algo de alguém a intenção não é fazer plágio e sim divulgar as informações para um maior número de pessoas, favorecendo o conhecimento que é o meu maior objetivo com "ARQUIVO DO SABER".







sábado, 21 de maio de 2011

PROPRIOCEPÇÃO: UM SENTIDO POUCO CONHECIDO

A maioria das crianças aprende que temos cinco sentidos: visão, audição, olfato, tato e gustação. Há entretanto outros sentidos muito importantes que não estão incluidos nesta lista.


Consciência da posição do corpo, ou “propriocepção” é um desses sentidos.Propriocepção é o sentido que faz com que nosso cérebro desenvolva um mapa interno do corpo de modo que possamos fazer atividades sem precisar monitorar tudo visualmente o tempo todo. A maioria das pessoas ignora a existência desse sentido. Isso é um problema particularmente sério quando ele não funciona bem. Se nem ao menos temos consciência de que o sentido existe, é muito difícil entender problemas relacionados a ele.


Assim como nossos olhos e ouvidos mandam informação sobre o que vemos e ouvimos para o cérebro, partes dos nossos músculos e articulações percebem a posição do nosso corpo e mandam essa informação para o cérebro. Dependemos dessa informação para saber exatamente onde as partes do nosso corpo estão e para planejar movimentos.


Quando o sentido de propriocepção funciona bem, constantemente fazemos ajustes automáticos em nossa posição. Este sentido nos ajuda a manter posição adequada em uma cadeira, segurar utensílios tais como uma caneta ou garfo de maneira adequada, julgar como manobrar no espaço de modo a não bater nas coisas, a que distância temos de estar das pessoas para não ficar perto demais, quanta pressão colocar para evitar quebrar um lápis ou um brinquedo e a mudar as ações que não foram bem sucedidas tais como jogar uma bola em um alvo ou corrigir um mergulho que virou uma barrigada.


Como a propriocepção nos ajuda com funções tão básicas, um problema nesse sistema pode nos causar bastante dificuldade. O que geralmente acontece é que a criança tem de prestar atenção em coisas que deveriam acontecer automaticamente. Também pode ter de usar visão para “descobrir” como fazer os ajustes. Isso pode necessitar muita energia. A criança pode se sentir desajeitada, frustrada e até sentir medo em algumas situações. Por exemplo, pode ser muito assustador descer escadas se você não sabe onde estão os seus pés.


O sistema proprioceptivo é ativado através de atividades de puxar/empurrar, pular e atividades que envolvem peso e pressão firme ou toque profundo. Esse tipo de sensação geralmente é calmante e pode ser útil para a criança que se desorganiza facilmente.


AJUDE SEU FILHO A SE CONSCIENTIZAR DA POSIÇÃO DE SEU CORPO



Estes são alguns exemplos de atividades proprioceptivas. Elas podem ser úteis para ajudar seu filho a se conscientizar mais da posição de seu corpo e se tornar mais calmo e organizado.


1. Deixe a criança ajudar em “trabalho pesado” tal como carregar compras, carregar a cesta de roupa suja, levar o lixo para fora e puxar ervas daninhas.


2. Brinque de “acampar” e ponha saquinhos de arroz e feijão na mochila da criança. Finja que está subindo montanhas e pulando de rochas no parque ou no quintal.


3. Faça um “sanduiche” de seu filho entre as almofadas do sofá. Adicione pressão fingindo por pickles, maionaise, etc. no sanduiche.


4. Faça com que a criança feche os olhos e sinta onde estão suas pernas, mãos, etc. Pergunte se estão para cima ou para baixo. Tente fazer com que assuma várias posições sem olhar, tal como rolar-se como uma bola, tocar seu nariz, fazer um círculo com seus braços e fazer um X com braços e pernas.


5. Dê oportunidade para que receba mais propriocepção quando está aprendendo uma habilidade nova. Por exemplo, usar um peso no pulso quando tentando jogar uma bola pode dar à criança um pouco de feedback extra sobre a posição de seu braço. Outros exemplos incluem praticar letras, formas ou números fazendo-os na massa de modelar ou outra textura firme. Coloque suas mãos nos quadris ou ombros da criança e dê um pouco de pressão quando a criança está aprendendo uma habilidade motora nova tal como subir escadas ou patinar. Mova a criança através dos passos de uma atividade e dê um pouco de resistência aos movimentos de modo que possa senti-los mais facilmente.


6. Faça uma massagem suave mas firme, se a criança gosta disso. Tente esfregar as pernas e braços para ajudar a acordar, aplique pressão nos ombros e cabeça para acalmar ou massageie suas mãos antes que tente uma tarefa difícil

Estas são apenas algumas idéias. Use senso comum e não aplique pressão excessiva; não peça que a criança carregue ou puxe alguma coisa pesada demais. Experimente e descubra o que parece ajudar mais seu filho. Interrompa se a criança demonstrar desconforto ou não for agradável para a criança.

pesquei na net

sexta-feira, 20 de maio de 2011

DISTIMIA (mais uma )

O emburramento, aspecto de prontidão para começar uma briga, mau humorado, irritação intensa, como se fosse um perigo iminente, acontecendo de forma freqüente, por um período de no mínimo dois anos, pode estar aí o famoso mau humorado, conhecido por DISTÍMICO.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde ( OMS ), atinge a 3% da população mundial, o que significa cerca de 180 milhões de pessoas no mundo e que como relata o Dr Fábio Barbirato, chefe do serviço de neuropsiquiatria infanto-juvenil da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, 70 % dos adultos com DEPRESÃO foram DISTÍMICOS na infância ou adolescência.

Separar o distímico do deprimido, nem sempre é fácil, porem o deprimido é triste e o distímico tem o humor irritado. Como a doença é pouco conhecida e cercada de preconceitos, nem sempre é fácil fazer o diagnóstico da distimia, levando as pessoas a sofrerem por anos a fio até que se faça o diagnóstico.
Trabalhos que vem sendo feitos no mundo científico, leva a crer que a DISTIMIA, como os demais Transtornos Neurocomportamentais, tem a sua etiologia GENÉTICA, havendo interferência SÓCIO-AMBIENTAL E PSICOLÓGICA.
Alguns autores estão correlacionando a etipotogenia da distimia a possíveis NEUROTRANSMISSORES ( SEROTONINA E NORADRENALINA), cuja função é fazer a comunicação química nas sinapses de determinadas áreas do sistema nervoso central, envolvidas com o humor.

Ë comum o paciente DISTIMICO, apresentar manifestações somáticas, como cefaléia, dores musculares, dor epigástrica, alteração dos níveis normais da pressão arterial e baixa imunidade.
Outro aspecto importante em relação a DISTIMIA, segundo relatos do Dr. Fábio Barbirato, é a queda do rendimento escolar destas crianças, em torno de 42% dos 78 casos atendidos no Serviço de Psiquiatria infanto-juvenil da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, com idade de 06 a 16 anos. Alem desta dificuldade acadêmica, o Dr Fábio Barbirato relata ainda, que 78 % tinham dificuldade para se divertir, 64% tinham problemas no relacionamento social, 78% apresentavam baixa auto-estima e 64 % apresentavam sinais de DEPRESSÃO, QUE O Dr Barbirato considera grave.
Uma das preocupações que devemos ter com estes pacientes é a possibilidade de abuso de trnquilizantes e álcool, como ponte para a convivência social.

O tratamento com antidepressivos e psicoterapia cognitivo-comportamental, melhora o quadro em 70 % dos casos, contudo, como diz o Dr Barbirato, estes pacientes jamais ANIMADORES DE FESTAS, mas terão uma vida normal.

Na realidade, diagnosticar e tratar a DISTIMIA é prevenir a DEPRESSÃO, uma das patologias que mais incapacitam pessoas no mundo moderno.





Fonte: site www.tdah.com.br

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA - DISCALCULIA

As dificuldades que os alunos tem em Matemática, algumas de suas causas e caminhos que podem contribuir para que pais, professores e a equipe escolar possam identificar as dificuldades dos alunos e contribuir para seu êxito. A discalculia, suas características e diagnóstico.



AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA



Como uma criança pode ler um parágrafo em voz em voz alta impecavelmente e não recordar seu conteúdo cinco minutos depois? Como um aluno que lê três anos à frente do nível de sua série apresenta um trabalho por escrito completamente incompreensível? Como um adolescente se sai muito bem em geometria e tem um desempenho inferior em álgebra?

O que esses três estudantes têm em comum?

O que as crianças, adolescentes e adultos com dificuldades de aprendizagem (DA) 1 têm em comum é o baixo desempenho inesperado.

De acordo com o National Joint Committee on Learning Disabilities –NJCLD2 , “Dificuldades de aprendizagem” é um termo genérico que diz respeito a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por problemas significativos na aquisição e uso das capacidades de escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou matemáticas.

As dificuldades de aprendizagem raramente têm uma única causa. Supostamente têm base biológica (Lesão cerebral, alterações no desenvolvimento cerebral, desequilíbrios químicos, hereditariedade). Mas é o ambiente-família, escola, comunidade - que determina a gravidade do impacto da dificuldade.

Vários autores, como Sara Pain, Alicia Fernández, Maria Lucia Weiss, chamam atenção para o fato de que a maior percentual de fracasso na produção escolar, de crianças encaminhadas a consultórios e clínicas, encontram-se no âmbito do problema de aprendizagem reativo, produzido e incrementado pelo próprio ambiente escolar.

Na pessoa com dificuldade, o desempenho não é compatível com a capacidade cognitiva; a dificuldade ultrapassa a enfrentada por seus colegas de turma sendo, geralmente, resistente ao seu esforço pessoal e ao de seus professores em superá-la, gerando uma auto estima negativa podendo também surgir comportamento que causam problemas de aprendizagem, complicando as dificuldades na escola.

Os problemas na aprendizagem de Matemática que são apontados em todos os níveis de ensino não são novos: De geração a geração a Matemática ocupa o posto de disciplina mais difícil e odiada, o que torna difícil sua assimilação pelos estudantes. Por isso, antes de falar em dificuldades de aprendizagem em Matemática é necessário verificar se o problema não está no currículo ou na metodologia utilizada.

Algumas causas das dificuldades de aprendizagem em matemática



1-Ansiedade e medo de fracassar dos estudantes em conseqüência de atitudes transmitidas por pais e professores e da metodologia e dos conteúdos muitas vezes inadequados.

2- A falta de motivação, que pode ter sua origem na relação da própria família com os estudos (falta de importância dada pelos pais ao conhecimento em si; na ligação da escola com castigos ou a algum tipo de pressão; questões emocionais - ansiedade e agitação gerados por acontecimentos novos; ansiedade exagerada causada pelos efeitos de medicamentos que interferem no ânimo ou causam problemas de memória ou concentração; problemas de maturação do Sistema Nervoso Central; Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade – TDAH.

3- Distúrbios de memória auditiva:

a. A criança não consegue ouvir os enunciados que lhes são passados oralmente, sendo assim, não conseguem guardar os fatos, isto lhe incapacitaria para resolver os problemas matemáticos.

b. Problemas de reorganização auditiva: a criança reconhece o numero quando ouve, mas tem dificuldade de lembrar-se do número com rapidez.

4- Distúrbios de percepção visual: A criança pode trocar 6 por 9, ou 3 por 8 ou 2 por 5 por exemplo. Por não conseguirem se lembrar da aparência elas têm dificuldade em realizar cálculos.

5- Distúrbios de escrita: Crianças com disgrafia têm dificuldade de escrever letras e números.

6- Distúrbios de leitura: Os disléxicos3 e outras crianças com distúrbios de leitura apresentam dificuldade em ler o enunciado do problema, mas podem fazer cálculos quando o problema é lido em voz alta. É bom lembrar que os disléxicos podem ser excelentes matemáticos, tendo habilidade de visualização em três dimensões, que as ajudam a assimilar conceitos, podendo resolver cálculos mentalmente mesmo sem decompor o cálculo. Podem apresentar dificuldade na leitura do problema, mas não na interpretação.


A DISCALCULIA


Confusões com os sinais matemáticos e dificuldades para fazer simples continhas podem estar ligadas a um distúrbio neurológico.

Semelhante à dislexia - dificuldade com o aprendizado da leitura e da escrita -, a discalculia infantil ocorre em razão de uma falha na formação dos circuitos neuronais, ou seja, na rede por onde passam os impulsos nervosos. Normalmente os neurônios - células do sistema nervoso - transmitem informações quimicamente através de uma rede. A falha de quem sofre de discalculia está na conexão dos neurônios localizados na parte superior do cérebro, área responsável pelo reconhecimento dos símbolos.

Não é uma doença e não é, necessariamente, uma condição crônica. Em geral é encontrada em combinação com o Transtorno da Leitura, Transtorno da Expressão Escrita, do TDHA. Não é relacionada à ausência de habilidades matemáticas básicas, como contagem, mas na forma com que a criança associa essas habilidades com o mundo que a cerca. Estima-se que apenas 1% das crianças em idade escolar tem Transtorno da Matemática isoladamente.


Requisitos necessários para o aprendizado de matemática e as dificuldades causadas pela discalculia:


APTIDÕES ESPERADAS


DIFICULDADES

3 a 6 anos


Ter compreensão dos conceitos de igual e diferente, curto e longo, grande e pequeno, menos que e mais que. Classificar objetos pelo tamanho, cor e forma Reconhecer números de 0 a 9 e contar até 10. Nomear formas. Reproduzir formas e figuras.

Problemas em nomear quantidades matemáticas, números, termos, símbolos

Insucesso ao enumerar, comparar, manipular objetos reais ou em imagens


6 a 12 anos


Agrupar objetos de 10 em 10. Ler e escrever de 0 a 99. Nomear o valor do dinheiro. Dizer a hora. Realizar operações matemáticas como soma e subtração. Começar a usar mapas. Compreender metades, quartas partes e números ordinais.

Leitura e escrita incorreta dos símbolos matemáticos


12 a 16 anos


Capacidade para usar números na vida cotidiana. Uso de calculadoras. Leitura de quadros, gráficos e mapas. Entendimento do conceito de probabilidade. Desenvolvimento de problemas.

Falta de compreensão dos conceitos matemáticos

Dificuldade na execução mental e concreta de cálculos numéricos

Fonte: http://crescer.globo.com/edic/ed77/rep_discalculia.htm
Maissssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

Na discalculia, a capacidade matemática para a realização de operações aritméticas, cálculo e raciocínio matemático, encontra-se substancialmente inferior à média esperada para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade do indivíduo.

As dificuldades da capacidade matemática apresentadas pelo indivíduo trazem prejuízos significativos em tarefas da vida diária que exigem tal habilidade. Em caso de presença de algum déficit sensorial, as dificuldades matemáticas excedem aquelas geralmente a este associadas.


Diversas habilidades podem estar prejudicadas na discalculia:

1--Lingüísticas (compreensão e nomeação de termos, operações ou conceitos matemáticos, e transposição de problemas escritos em símbolos matemáticos).

2-Perceptuais (reconhecimento de símbolos numéricos ou aritméticos, ou agrupamento de objetos em conjuntos).

3- De atenção (copiar números ou cifras, observar sinais de operação).

4- Matemáticas (dar seqüência a etapas matemáticas, contar objetos e aprender tabuadas de multiplicação).



• Dificuldade na leitura, escrita e compreensão de números; em realizar operações matemáticas, classificar números e colocá-los em seqüência; na compreensão de conceitos matemáticos; em lidar com dinheiro e em aprender a ver as horas, etc.

O diagnóstico


Na pré-escola, já é possível notar algum sinal do distúrbio, quando a criança apresenta dificuldade em responder às relações matemáticas propostas - como igual e diferente, pequeno e grande. Mas ainda é cedo para um diagnóstico preciso. É só a partir dos 7 ou 8 anos, com a introdução dos símbolos específicos da matemática e das operações básicas, que os sintomas se tornam mais visíveis.

É importante chegar a um diagnóstico o mais rapidamente para iniciar as intervenções adequadas. O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar - Neurologista, Psicopedagogo, Fonoaudiólogo, Psicólogo - para um encaminhamento correto. Não devemos ignorar que a participação da família e da escola é fundamental no reconhecimento dos sinais de dificuldades.

Porém, devemos ter muita cautela quanto ao diagnóstico da discalculia ou qualquer DA. Apesar de o professor dizer que não faz um diagnóstico da criança, ele estabelece que as dificuldades de aprendizagem são possíveis transtornos específicos de aprendizagem, tendo como causas a imaturidade, problemas psicológicos e sociais, justificado assim o por quê da criança não aprender.

Antes de diagnosticar a discalculia, devem ser eliminadas outras causas de dificuldades, como o ensino inadequado ou incorreto; os problemas com visão; audição ou os danos ou doenças neurológicas e doenças psiquiátricas.



Devemos eliminar também a possibilidade de a criança apresentar acalculia ou pseudo discalculia.



A acalculia é a total falta de habilidade para desenvolver qualquer tarefa matemática, que geralmente indica um dano cerebral. O problema aparece quando a criança é incapaz de aprender os princípios básicos de contagem. A falta de habilidade se torna mais evidente quando vai aprender a ordem dos números de 1 -10 ou quando vai resolver uma simples adição de 4 + 2 = 6. O grupo de pessoas com acalculia representa menos de 1% da população.



A pseudo discalculia apresenta características semelhantes às da discalculia, mas é resultado de bloqueios emocionais. O estudante tem habilidade cognitiva para ter êxito em matemática. As meninas são a maioria esmagadora de estudantes com pseudo discalculia. Os comentários negativos dos meninos levam à falta de confiança. Para superar esta dificuldade o caminho são conversas com pais, professores e Orientador(a) Educacional; trabalho psicopedagógico para elevar auto estima da criança e, nos casos mais difíceis, acompanhamento de Psicólogo.

Efeitos

O desconhecimento dos pais, professores e até colegas podem abalar ainda mais a auto-estima do estudante com críticas e punições.

A discalculia pode comprometer o desenvolvimento escolar de maneira mais ampla.

Inseguro devido à sua limitação, o estudante geralmente tem medo de enfrentar novas experiências de aprendizagem por acreditar que não é capaz de evoluir. Pode também adotar comportamentos inadequados tornando-se agressiva, apática ou desinteressada.

Alguns caminhos

A intervenção psicopedagógica propõe melhorar a imagem que a criança tem de si mesma, valorizando as atividades nas quais ela se sai bem; descobrir como é o seu próprio processo de aprendizagem - às vezes, ela tem um modo de raciocinar que não é o padrão, estabelecendo uma lógica particular que foge ao usual - e a partir daí trabalhar uma série de exercícios neuromotores e gráficos que vão ajudá-la a trabalhar melhor com os símbolos e com os jogos, que irão ajudar na seriação, classificação, habilidades psicomotoras, habilidades espaciais, contagem.

Quanto à gestão, é necessário que dê aos professores condições para que desenvolvam atividades específicas com este aluno, sem necessidade de isolá-lo do resto da turma nas outras disciplinas. Para isso, é importante disponibilizar:


1-Desenvolvimento profissional para a equipe de professores.

2- Tempo adequado para planejamento e colaboração entre eles.

3-Turmas com um tamanho adequado para o desenvolvimento do trabalho.

4- Profissionais e auxílio técnico apropriado.

As atividades interdisciplinares e transdisciplinares de cultura matemática são muitas. A tarefa central do professor é saber sistematizar a informação recolhida, organizar os tempos e os espaços adequados, tendo sempre presente os interesses, as motivações, as dificuldades, as potencialidades intelectuais relacionadas com a faixa etária dos alunos.

Com o apoio necessário, o professor tem a incumbência de:


1- Planejar atividades que facilitem o sucesso do aluno, a fim de melhorar seu auto conceito e aumentar sua auto-estima.

2- Utilizar métodos variados.

3- Explicar ao aluno suas dificuldades e diga que está ali para ajudá-lo sempre que precisar.

4- Não forçar o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter conseguido.

5- Propor jogos na sala.

6-Procurar usar situações concretas, nos problemas.

7- Permitir o uso de uma calculadora.

8- Oferecer fácil acesso às tabelas e listas de fórmulas (não exija que o aluno memorize).

9- Dar mais tempo para o aluno fazer a tarefa.

10- Utilizar recursos tecnológicos disponíveis.

Possibilidades



A discalculia pode ser curada?

Sim. O diagnóstico discalculia é sempre apenas uma descrição do atual estágio de desenvolvimento, aplicável por um período máximo de um ano. Como a criança desenvolve, as dificuldades que existiam no ano anterior podem ter minimizado ou quase desaparecem. Se a criança está recebendo tratamento adequado, a possibilidade de desenvolvimento da capacidade matemática é grande. No entanto, muitas vezes algumas partes das dificuldades permanecem de uma forma suave. Por exemplo, as dificuldades em recordar fatos numéricos. É comum que os estudantes continuem a ter características destas dificuldades, de uma forma suave, em toda a vida adulta. A capacidade de concentração, no entanto, geralmente melhora consideravelmente, e muitas vezes vem com a compreensão de conceitos matemáticos e símbolos.

As avaliações são somente válidas por um tempo relativamente curto: Um ano para crianças e adolescente e menos de dois anos para adultos. Muitas vezes algumas partes das dificuldades permanecem de uma forma suave, por exemplo, as dificuldades em recordar fatos numéricos. É habitual que os estudantes irão continuar a ter características destas dificuldades, de uma forma suave, em toda a vida adulta. Capacidade de concentração, no entanto, geralmente melhora consideravelmente, e que muitas vezes vem com a compreensão de conceitos matemáticos e símbolos.

CONCLUSÃO

É um grande desafio identificar, diagnosticar e fazer as intervenções necessárias para que a aprendizagem do aluno seja satisfatória, para sua vida acadêmica e para sua auto estima. É necessário atenção para não rotular, condenando um aluno para o resto de sua vida.

As dificuldades de aprendizagem ainda são assunto pouco explorado nas escolas. O diagnóstico equivocado leva a encaminhamento para tratamentos desnecessários e à exclusão, tirando a oportunidade do aluno de superar suas dificuldades.

É preciso levar o tema para dentro da escola - não como assunto pontual, mas numa discussão permanente -, contemplando as diversas dimensões da vida do aluno, como mais um instrumento para seu desenvolvimento integral, visto que as dificuldades de aprendizagem não têm como causa apenas um fator.



Notas importantes:



1- No conceito de DA incluem-se quaisquer obstáculos, intrínsecos ou


extrínsecos, que impedem um indivíduo de realizar uma determinada


aprendizagem.

2- Conjunto de 10 organizações profissionais americanas, todas elas interessadas no estudo das dificuldades de aprendizagem.



3- A dislexia é definida como um déficit no desenvolvimento do reconhecimento e compreensão dos textos escritos. A criança disléxica possui uma inabilidade para contar para trás de dois em dois ou três em três, ela não tem compreensão da ordem e estrutura do sistema numérico, dificuldade para aprender tabuada.



4- Alguns comportamentos que causam problemas de aprendizagem complicando as dificuldades na escola:

TAMBÉM............................................................

Falta de controle dos impulsos - toca tudo ou todos que despertam seu interesse, verbaliza suas observações sem pensar, interrompe ou muda abruptamente de assunto em conversas, tem dificuldade para esperar ou revezar com outras pessoas.



Dificuldade para seguir instruções - pede ajuda repetidamente mesmo nas tarefas mais simples (os enganos são cometidos porque as instruções não são completamente entendidas.



Dificuldade de conversação - dificuldade em encontrar as palavras certas, ou perambula sem cessar tentando encontrá-las



Distração - freqüentemente perde a lição, as roupas e outros objetos seus, esquece de fazer as tarefas e trabalhos, tem dificuldade em lembrar compromissos ou ocasiões sociais.



Inflexibilidade - teima em fazer as coisas à sua maneira, mesmo que esta não funcione, resiste a sugestões e a ofertas de ajuda.



Fraco planejamento e habilidades organizacionais - parece não ter noção de tempo e com freqüência chega atrasada ou despreparada, não tem idéia de como começar ou de como dividir o trabalho em segmentos manejáveis quando lhe são dadas várias tarefas ou uma tarefa complexa com várias partes.


Falta de destreza - parece desajeitada e sem coordenação – geralmente deixa cair as coisas ou as derrama – ou apalpa e derruba os objetos, pode ter uma caligrafia péssima, é vista como completamente inepta em esportes e jogos.


Imaturidade social - age como se fosse mais jovem que sua idade cronológica e pode preferir brincar com crianças menores.



FONTE:
http://www.artigonal.com/educacao-artigos/dificuldades-de-aprendizagem-em-matematica-discalculia-860624.html

A utilidade das medidas de inteligência

São utilizadas a escala de inteligência de adultos (WAIS) e a escala de inteligência de crianças de Weschler (WISC) são os testes mais tradicionais, mais amplamente utilizados em todo o mundo, e também os mais cientificamente comprovados dos testes existentes hoje em dia. amplamente há 50 anos, e as versões utilizadas pela Unidade de Neurologia Clínica são recentes e atualizadas. Nós utilizamos este tipo de testagem desde 1983, a adquirimos grande experiência com os testes e a equipe atual com o Programa de Cirurugia de Epilepsia do Hospital Nossa Senhora das Graças, quando os resultados da fonoaudióloga Rosana Lenzi em mais de 200 pacientes foram checados extensamente por neurologistas, neurocirurgiões, repetidos depois de cirurgias, comparados com EEGs prolongados, ressonâncias, SPECTS, etc.

Diferente de muitos outros grupos, nós utilizamos adaptações diretas do inglês, feitas sob minha supervisão por psicólogas e fonoaudiólogas que trabalham ou trabalharam na UNC. O mais comum no Brasil é que sejam utilizadas adaptações de versões em espanhol de originais americanos com mais de 30 anos. Este fato é relevante, porque uma das principais críticas que se faz a estes testes é que não seriam culturalmente adaptados, fora de uma sociedade ocidental burguesa como a americana branca ou a européia. Este fato poderia ser verdade para os testes da década de 50 ou 60, mas é notório que a sociedade americana atual é até mais multicultural que, por exemplo, a brasileira. As únicas pessoas hoje em dia que estariam fora da amplitude destes testes seriam aqueles sem uma educação escolar ocidental, por exemplo índios amazônicos ou esquimós.
A crítica que se faz a estes testes no sentido de que não incluem a inteligência emocional é verdadeira. Estes testes não se preocupam mesmo com este aspecto. Eles não ajudam a compreender se uma pessoa vai ser segura, insegura, criminosa, um santo, um predador dos negócios.

O que os testes medem é o desempenho, a performance intelectual. Tanto o de crianças quanto o de adultos dividem o intelecto em duas áreas, a verbal e a não verbal. A não verbal também é chamada de executiva, ou ainda de espacial. A capacidade verbal é a utilizada para as habilidades ligadas à linguagem, palavra escrita e falada, matemática, e grande parte do raciocínio lógico, inclusive geométrico. A capacidade não-verbal tem a ver com habilidades espaciais. O QI verbal prevê o desempenho acadêmico. O QI não verbal prevê a habilidade no campo de imagens, desenho principalmente não-geométrico, ritmo musical, dança, e grande parte dos esportes. O QI verbal mede a performance do hemisfério cerebral esquerdo. O não-verbal mede o direito. É claro que para certos tipos de desempenho não basta o intelecto, por exemplo, nos esportes é preciso a estrutura física apropriada, que é uma para hipismo e outra para lançamento de peso!


O normal nos dois testes é 100, e os limites do normal estão entre 90 e 100, ou entre 80 e 120, como queiramos definir. Com menos de 80 é difícil terminar o primeiro grau. Com 90 dá para terminar o segundo grau. Com 100 uma faculdade fácil. Com 110 uma média. Com 120 uma difícil e talvez uma pós-graduação. De 130 para cima a pessoa pode fazer o que quiser na vida, dependendo do intelecto, é claro. Ali pelos 140, 150 começam os gênios. Os 3 ou 4 maiores Qis medidos na UNC, em quase 20 anos, estiveram entre 130 e 150. Um aspecto muito interessante do QI pelos testes de Weschler é a lateralidade. Grande parte dos bons jogadores de futebol, principalmente atacantes, são canhotos. Pode-se prever que terão um QI verbal médio e um não verbal alto. O mesmo deve valer para bailarinos e músicos. O maior gênio da música popular do século XX, Paul Mc Cartney, é canhoto. Já os que vão bem de notas devem ser, em geral, destros.


Quando alguém é bom dos dois lados, como Pelé ou Bill Clinton, vai mais longe ainda. Quando testamos algumas crianças utilizamos ainda um método chamado DAP, de draw a person, no qual a criança desenha uma pessoa, e dependendo dos detalhes, pode-se prever o QI, baseado em escalas muito bem trabalhadas e comprovadas cientificamente pela Psychological Corporation, a ONG americana que controla a distribuição destes testes com mão de ferro. A UNC é credenciada pela Psychological Corporation. O DAP é especialmente útil quando a criança ainda não foi alfabetizada, pois tanto o WISC quanto o WAIS dependem de alfabetização. E assim existem outros testes que permitem uma avaliação intelectual mais grosseira mesmo de crianças pré-escolares, como o WIPSI. O nosso folheto “Projeto Saúde Intelectual” contém outras informações sobre o assunto.



Prof. Dr.Paulo R M de Bittencourt PhD,
Achei na net...bastante importante

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cegueira não é o fim do mundo








Procure não encarar a cegueira como desgraça. Não sinta pena do deficiente visual; a Educação Especial e a reabilitação permitem superar muitas dificuldades.
Cegueira não "pega". A cegueira é uma deficiência sensorial, não é uma doença. Você já viu alguém "pegar" surdez?


Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem com você. É de extrema indelicadeza chamar um deficiente visual de "cego", ou "ceguinho". Ninguém gosta de ser rotulado. Você gostaria de ser chamado de "gordo", ou de "baixinho"?

Cegos não são surdos. Se a pessoa com deficiência visual estiver acompanhada, não se limite a falar apenas com seu companheiro, para se comunicar com ela. Dirija-se diretamente a ela, identifique-se e faça um contato físico: toque ligeiramente seu braço ou seu ombro, mostrando que está se dirigindo a ela. Também não é o caso de falar aos berros. O fato de ela não retribuir seu olhar não significa que não possa manter uma conversão normal.
há palavras "tabu". Às vezes as pessoas evitam usar palavras como "ver", "olhar", "cegueira" etc. Quando conversam com pessoas com deficiência visual.

Não há motivo para isso. Os cegos não são "puros". Os deficientes visuais não são criaturas puras, sem interesse pelas coisas deste mundo. Eles se interessam por tudo que interessa a você, desfrutando das coisas a seu modo.
Músicos extraordinários? Não pense que todos os deficientes visuais têm dons artísticos, em particular musicais. Muitos são tão musicais quanto eu ou você: sabem tocar bem uma campainha!

O "sexto sentido". Não pense que os cegos têm um sexto sentido ou alguma outra compensação pela perda da visão. Eles apenas desenvolvem recursos latentes em todos nós. Você, com o mesmo treinamentos, será tão "extraordinário" quanto eles!


são vendedores de vassouras. É preconceituoso achar que as pessoas com deficiência visual só podem desempenhar determinadas profissões. Atualmente, eles são analistas de sistemas, digitadores, operadores de telemarketing, psicólogos, montadores de peças etc., profissões que exigem escolaridade e treinamento equivalentes aos que se requer das demais pessoas.



Não fale com as mãos. Não gesticule nem aponte, pois isso não significa nada para o deficiente visual. Diga: "O cinzeiro está em sua frente"; "A cadeira está atrás de você ". Ao indicar direções, tome como referência a posição dele, e não a sua.

Tintim por tintim. Em ambientes desconhecidos, ou em situações novas, ofereça ao deficiente visual o maior número possível de informações, para que ele se oriente e se localize, sabendo o que está acontecendo. Evite que ele passe momentos de tensão e desconforto.

 
Adivinhe quem eu sou. O deficiente visual não precisa adivinhar quem está falando com ele; sua memória auditiva é boa, mas é impossível se lembrar de todas as vozes. Você também não se lembra do rosto de todos à quem foi apresentado. Identifique-se quando o encontrar e despeça-se dele quando sair.

Dê uma mãozinha. Se encontrar uma pessoa cega sozinha, pergunte se ela quer ajuda e qual é a "forma mais adequada". Mas, não se ofenda se seu oferecimento for recusado: nem sempre as pessoas com deficiência precisam de auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser executada melhor sem assistência.



Um lugar para cada coisa, cada coisa em seu lugar. Mantenha o caminho por onde passa um deficiente visual limpo e desimpedido: objetos fora de lugar podem causar acidentes.

Para que complicar, se pode simplificar? Para mostrar onde está uma cadeira, basta colocar a mão do deficiente visual no encosto da mesma: ele vai saber onde ela está e vai se sentar sem problemas.

 
Não assuma o problema dele. Um deficiente visual não é de responsabilidade exclusivamente sua, mas de toda a sociedade. E acima de tudo, deve ser responsável por si mesmo. Não faça tudo por ele, como se fosse um bebê o um incapaz.






"Do prato à boca, nem sempre se perde a sopa". Não é preciso dar comida na boca da pessoa com deficiência visual. Descreva os alimentos servidos, faça o prato para ela e explique onde está a comida no prato. Ela pode falhar algumas vezes, mas se arranjará sozinha.

Nos imprevistos, seja discreto. A pessoa cega pode não saber que há manchas, rasgos ou um pequeno desalinho em suas roupas ou sapatos. Avise-a, mas de modo discreto, evitando desencadear comentários maldosos.

 
Cego não é nômade. Se você encontrar um deficiente visual parado na calçada, não o puxe nem empurre, forçando-o atravessar a rua. Pergunte antes se ele quer.



Seja um guia eficiente. Nunca puxe ou empurre a pessoa deficiente visual. Ofereça seu braço; pelo movimento de seu corpo, ela vai perceber se você está virando à direita ou à esquerda etc.



"Antes só que mal acompanhado". Não siga a pessoa com deficiência visual, pensando em evitar problemas. O cego, quando está sozinho, está alerta, com os outros sentidos aguçados; ele pode perceber sua presença e se irrita com isso, perdendo a concentração.

O cego não é deficiente físico. Em uma escada, coloque a mão dele sobre o corrimão, se houver. Caso contrário, dê o braço a ele ou algumas dicas a respeito da estrutura da escada.

Um usuário diferenciado. Não empurre o levante a pessoa com deficiência visual para entrar no ônibus. Coloque sua mão sobre a alça externa vertical e ela subirá sozinha. Dentro do ônibus, se ela pode preferir ficar de pé.



Não o deixe na mão. Quando você estiver no ponto do ônibus e chegar um deficiente visual pedindo para avisar quando sua condução chegar, não se esqueça de fazê-lo. Caso seu ônibus chegue antes, avise outras pessoas: se não houver mais ninguém, avise o portador de deficiência, pois ele confiou em você.



Dedos que valem ouro. Quando uma pessoa com deficiência visual for entrar ou sair de um carro, preste muita atenção antes de bater a porta, para não prender os dedos dela: eles são preciosos!
Não dê esmolas sem olhar a quem. Nem todos os cegos são pessoas carentes. Não ofenda: só dê dinheiro se a pessoa for tão pobre que precise pedir ajuda.


Melhor prevenir que remediar. Se você conhece pessoas com deficiência visual ou que tenham membros da família com essa deficiência e que estejam em idade reprodutiva, oriente-as para procurar um serviço de aconselhamento genético. Essa é a única forma de saber se há possibilidade de Ter filhos com essa deficiência.


"É de pequenino que se torce o pepino". Se você conhece um bebê com problemas visuais, oriente a família para levá-lo a uma clínica ou escola especializada o mais cedo possível. Não se deve esperar que ele cresça para receber tratamento adequado. Quanto mais cedo for atendido, maiores chances terá de superar suas dificuldades


pesquei na net

domingo, 15 de maio de 2011

Só para relembrar

MOTRICIDADE FINA: a coordenação visuomanual representa atividade mais freqüente e mais comum no homem, a qual atua para pegar um objeto e lançá- lo, para escrever, desenhar, recortar, pintar, resulta em um conjunto: olho/objeto/mão. A escrita guiada pela visão consiste em uma organização de movimentos coordenados para reproduzir as formas e os modelos; constitui uma praxia motora.

MOTRICIDADE GLOBAL: O movimento motor global é um movimento sinestésico, tátil, labiríntico, visual, espacial, temporal; o que é educativo na atividade motora é o controle de si mesmo, obtido pela qualidade do movimento executado, da precisão e da maestria de sua execução (Rosa Neto, p.17, 2002).

EQUILIBRIO: A postura está estruturada sobre o tônus muscular (músculos esqueléticos sadios, os quais constituem a base da postura, apresentam uma leve contração sustentada). O equilíbrio é o estado de um corpo quando forças distintas que atuam sobre ele se compensam e anulam-se mutuamente.

 IMAGEM - ESQUEMA CORPORAL: conceitos em cima, embaixo, na frente, atrás, esquerdo, direito, alto, baixo, grande, pequeno, maior, menor, postura, equilíbrio, experiências táteis, sensações, permitirão o desenvolvimento do equilíbrio corporal e do freio inibitório, ou seja, capacidade de dominar atos motores de acordo com as delimitações impostas pela folha de papel, ou pelos contornos de um desenho, ou pelo ambiente. A criança que não consegue desenvolver a imagem corporal poderá ter problemas na orientação espacial, temporal, na aquisição de conceitos, equilíbrio e, ainda em escrever obedecendo aos limites de uma folha.

LATERALIDADE: é o uso preferencial de um lado do corpo para a realização das atividades: olho, ouvido mão e pé.

CONHECIMENTO DE DIREITA E ESQUERDA: permite a criança distinguir o lado direito e esquerdo podem implicar em dificuldade em relação à leitura e escrita, já que nossa sociedade a leitura e escrita realizam-se no sentido esquerdo para direita, escrita em espelho, com rotação de letras, palavras ou números, confusões na orientação espacial, na discriminação das letras quanto à posição espacial, trocas de d/ b, p/q.

ORGANIZAÇAO ESPACIAL: perceber as posições que os objetos ocupam ter seu corpo como referencia; as crianças que não tem esses conceitos definidos podem apresentar dificuldades em respeitar a ordem e sucessão das letras nas palavras e das palavras nas frases, incapacidade de locomover os olhos durante a leitura, obedecendo ao sentido direto/esquerdo, e salto de uma ou mais linhas; na escrita não respeitam a direção horizontal do traçado, os limites da folha, dificuldade na organização do material, indecisões quando tem de desviar de um obstáculo.

ORGANIZAÇAO TEMPORAL: engloba conceitos temporais de duração e sucessão de fatos: ontem, hoje, amanha, dias da semana, meses, anos, horas, estações do ano; a ausência deste pré-requisito pode causar dificuldade na pronúncia, na escrita de palavras, trocando a ordem das letras ou invertendo-as, dificuldade na retenção de uma serie de palavras dentro da mesma sentença, de uma série de idéias dentro de uma historia, ma utilização de tempos verbais, problemas de correspondência dos sons com as respectivas letras que os representam, principalmente no ditado.

 RITMO: relaciona-se ao fator de percepção do tempo: com duração e sucessão das musicas e suas pausas; a falta desta habilidade pode ser a causa de uma leitura lenta e silabada, a ma pontuação e entonação durante a leitura de um texto, em relação à escrita, observa-se o não respeito pelos espaços em branco entre as palavras, ocasionando omissões ou adições de silabas e falhas na acentuação.

LINGUAGEM ORAL: envolve a prolação ou pronuncia; vocabulário e sintaxe oral. A linguagem oral é uma etapa anterior a escrita. A criança com dificuldade em pronunciar as palavras poderá encontrar obstáculos no aprendizado da leitura e escrita.

Neurocognitivos e Comportamentais de Crianças e Adolescentes (TNC)

A Organização Mundial da Saúde relata que, mundialmente, 20% das crianças sofrem de algum tipo de transtorno mental debilitante. Transportando esses números para a realidade nacional e usando como parâmetros do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2000, pode-se projetar que aproximadamente 11 milhões de crianças e adolescentes brasileiros sofrem desses Transtornos.

Os Transtornos Neurocognitvos e Comportamentais (TNC), decorrem de um mal funcionamento de estruturas cerebrais que modulam funções como atenção, linguagem, memória e emoção. Crianças, que possuem de forma crônica prejuízo nessas habilidades, possuem dificuldades de aprender, comportar-se e de desenvolver um bom relacionamento com a família e a comunidade.

Os Transtornos Disruptivos e os comportamentos relacionados continuam na vida adulta e levam ao uso de drogas, criminalidade, comportamentos anti-sociais e problemas de empregabilidade.

Os objetivos dessa linha de pesquisa são abordar aspectos neuroquímicos, neurobiológicos, psicobiológicos, genéticos e moleculares dos Transtornos Neurocognitivos e Comportamentais mais freqüentes na idade escolar, cujos sintomas são grandes obstáculos para o desenvolvimento pleno da criança ou do adolescente. São exemplos os Transtornos de Aprendizagem Escolar, o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e os Transtornos do Humor.

O “gol 1000” desta linha de pesquisa é desenvolver estratégias para prevenção, tratamento e um diagnóstico laboratorial para complementar o diagnóstico clínico de crianças e adolescente que sofrem desses Transtornos. Consequentemente, dar uma oportunidade para essas crianças ter uma qualidade de vida melhor, e aumentar a capacidade das comunidades de ter mais segurança e ser mais produtiva.

Coordenadora da pesquisa Dra. Mara Cordeiro 
Instituto Pequeno Princípe/Curitiba/Paraná