FELIZ 2011





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domingo, 24 de outubro de 2010

AFASIA

A afasia é por si só a perda da capacidade e das habilidades de linguagem falada e escrita.



A comunicação pela linguagem falada é peculiar aos seres humanos, sendo diferencialmente localizada no hemisfério esquerdo e se correlacionando com assimetrias anatômicas (lobos frontal e temporal).



A afasia é um sintoma comum na neurologia clínica, muitas vezes como conseqüência de um acidente vascular cerebral cuja localização geralmente se dá junto à artéria cerebral média esquerda ou nos ramos junto à região do cérebro responsável pela linguagem. Outras podem ser causadas por infecções e manifestações degenerativas locais comprometendo a área especificada.



Existem peculiaridades que diferenciam as afasias e proporcionam ao médico uma determinação da topografia da região afetada, independente da causa, portanto podemos dividi-las em:



Afasia de Broca

A afasia de Broca caracteriza-se por grande dificuldade em falar, porém a compreensão da linguagem encontra-se preservada. Essa síndrome é também dita como afasia não fluente, de expressão ou motora: os pacientes conseguem executar normalmente a leitura silenciosa, mas a escrita está comprometida. Esses pacientes possuem, ainda, fraqueza na hemiface e membro superior direito (devido à proximidade das regiões afetadas pelo distúrbio circulatório). Os pacientes têm consciência do seu déficit e se deprimem com facilidade (frustração). Entretanto, o prognóstico é bom quanto à recuperação de parte da linguagem falada, embora sejam necessários meses para a realização de uma fala simples, abreviada, ainda que não fluente.

Afasia de Wernicke
A afasia de Wernicke caracteriza-se por dificuldade na compreensão da linguagem, a fala é fluente e faz pouco sentido. Essa síndrome é também denominada afasia fluente, de recepção ou sensorial. Diferente dos pacientes com afasia de Broca, os pacientes com essa síndrome começam a falar espontaneamente, embora de modo vago, fugindo do objetivo da conversa. Pode existir parafasias, isto é, uma palavra substituindo outra, como chamar uma colher de garfo (parafasia literal), ou um som substituindo outro, como ao chamar uma colher de mulher (parafasia verbal); geralmente, não apresentam fraqueza associada, os pacientes não se dão conta de seu déficit e a recuperação é mais difícil.

Afasia de Condução
Na afasia de condução, a compreensão está relativamente preservada e a fala é fluente e espontânea. Existe, entretanto, incapacidade de repetir palavras corretamente.
Afasia Global

Afasia global é a perda de todas as capacidades de linguagem: compreensão, fala, leitura e escrita, sendo causado geralmente por um infarto completo no território da artéria cerebral média esquerda; os pacientes, sendo assim, também apresentam geralmente hemiplegia direita (total perda de força no lado direito do corpo), além de demência associada; o prognóstico é mais reservado.

Sistema Nervoso Autonomo (SNA)

Como o próprio nome indica, este sistema funciona de forma autónoma, controlando a função involuntária de diversos órgãos, já que a maior parte da sua actividade não chega ao córtex.
Desta forma é responsável por comandar mecanismos que conscientemente não se podem modificar, como por exemplo os batimentos cardíacos, a secreção das glândulas da mucosa estomacal, a dilatação das pupilas…
É possível conhecer aspectos visíveis da sua actuação no nosso corpo, que nos permitem observar as respostas do nosso organismo a determinado estimulo. Quando, por exemplo, somos sujeitos ao frio, as células termo-sensoriais que funcionam como receptoras de calor e frio, são estimuladas e geram impulsos nervosos que são conduzidos pelos nervos sensitivos e pela medula espinal ate ao hipotálamo. Desta forma produz-se uma resposta adequada à situação e que visa aumentar a temperatura corporal: a vasoconstrição dos vasos sanguíneos, a erecção dos pêlos, de modo a criarem uma barreira isolante de ar junto a pele, e a ocorrência de tremuras com consequente aumento da taxa metabólica e de produção de calor. Na figura 6 mostra-se de forma simplificada o mesmo processo numa reacção à dor.



O sistema nervoso autónomo divide-se em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático. Estes trabalham de forma contrária, podendo-se afirmar que o sistema parassimpático restaura os níveis de equilíbrio alterados pelo simpático.
A função do SNA Simpático é a de preparar o corpo para uma emergência, de responder a um estímulo do ambiente quando o organismo se encontra ameaçado, excitando e activando os órgãos necessários às respostas.
Já o SNA parassimpático visa reorganizar as actividades desencadeadas pelo SNA Simpático, relaxando as actividades. Relaciona-se directamente com a capacidade de regulação do organismo face às condições ambientais em que se encontra – homeostasia, capacidade esta garantida pelo hipotálamo. Dando um exemplo: se o SNA simpático faz com que o ritmo cardíaco acelere, a função do SNA parassimpático é estabilizar esse ritmo.
Percebidas as diferenças existentes entre os dois, é importante agora perceber de que modo essas activações inconscientes são processadas e que mecanismos estão por detrás das nossas respostas involuntárias.
Tentando então explicar esses fenómenos, de forma sucinta, começaremos por dizer que o SNA contém fibras nervosas que conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos lisos das vísceras e à musculatura do coração. Um nervo motor do SNA difere de um nervo motor do SNP pelo facto de conter dois tipos de neurónios, um neurónio pré-ganglionar e outro pós-ganglionar. Um gânglio corresponde a um aglomerado de neurónios que se encontra fora do SNC. Dentro do SNC esses aglomerados denominam-se por núcleos.
O corpo celular do neurónio pré-ganglionar fica localizado dentro do SNC e seu axónio vai até um gânglio, onde o impulso nervoso é transmitido sinapticamente ao neurónio pós-ganglionar. O corpo celular do neurónio pós-ganglionar fica no interior do gânglio nervoso e o seu axónio conduz o estímulo nervoso até o órgão efectuador, que pode ser por exemplo o estômago, o coração ou os pulmões.
pesquei na net

Entrevista a Ana Franky



Ana Franky é aluna da Universidade do Minho em Braga, frequenta o 5º ano do curso de Medicina e está inserida num grupo de estudo relacionado com diversos temas no âmbito das neurociências.

Pergunta – O estudo da mente humana poderá passar apenas pelas neurociências?
Ana Franky – Julgo que não, a mente humana, tema que vocês procuram abordar, passa também por uma vertente mais metafísica, na sua maioria ligada à filosofia e à psicologia. As neurociências dedicam-se à descoberta dos mecanismos de funcionamento do sistema nervoso, mecanismos que permitirão o aparecimento da mente. E a mente humana terá muitos componentes e poderá ser abordada de muitas maneiras, por uma vista mais bioquímica ou fisiológica, por exemplo. Uma fatia das neurociências gira em volta de doenças do Sistema Nervoso: ao estudar as diferenças estruturais, bioquímicas e fisiológicas pode-se deduzir as causas de certos fenómenos, funções da “mente”.

P. – Sabemos que está inserida num grupo de estudo ligado às neurociências. Quais os principais temas por ele abordados e quais os objectivos desse projecto?
A. F. – No grupo são debatidos temas essencialmente ligados à influência do stress no funcionamento de cérebro, avaliando alterações cognitivas e nmésicas bem como alterações comportamentais. Existem testes que, ao se exigir ao rato que encontre uma determinada plataforma, permitem avaliar a memória espacial do animal. Outros testes permitem avaliar se o animal apresenta um comportamento do tipo ansioso ou do tipo depressivo, por exemplo.
As experiências laboratoriais são efectuadas, predominantemente, em ratos. A título de exemplo, é possível lesionar uma área específica do cérebro do rato e avaliar, à posteriori, o efeito dessa lesão no comportamento do animal.
É também foco de estudo o desenvolvimento neurológico do rato, tentando estudar o efeito de alguns estímulos que o feto sofre durante a gestação nesse desenvolvimento. Será que uma mãe “stressada” terá filhos “stressados”?
Para o estudo do funcionamento do cérebro, usa-se também fármacos com acção no sistema nervoso. Esses fármacos que aliviam certos sintomas neurológicos vão permitir que, ao sujeitarmos os animais a esses fármacos, possamos avaliar as alterações fisiológicas, morfológicas e bioquímicas e assim perceber melhor que vias estão envolvidas na etiologia desses sintomas.

P. – Como se encontra o desenvolvimento português relativamente à investigação na área das neurociências comparativamente com o resto do mundo? Quais os principais temas aqui abordados?
A. F. – Em Portugal, não existirá qualquer grupo de investigadores nesta área que seja reconhecido e representativo a nível mundial, o que não quer dizer que não exista gente muito capaz. No entanto, como em qualquer tipo de investigação, existem as questões económicas que, sem dúvida, condicionam a obtenção de resultados. Nos países de maior poderio económico, há maior investimento na investigação, pelo que haverá mais recursos físicos e humanos e assim será mais fácil obter mais resultados. Em certos países é também possível fazer investigação em primatas que, por serem biologicamente mais semelhantes ao Homem, permitem uma transposição mais fácil dos resultados para a biologia humana.
Contudo, as temáticas abordadas pelos grupos portugueses não diferirão muito da restante comunidade científica, uma vez que é necessário acompanhar a evolução do conhecimento e com ele conseguir construir mais conhecimento.


P. – A evolução desta ciência, aliada à descoberta de novas curas e tratamentos, permite dizer que hoje em dia já não é tão vulgar surgir uma nova doença?
A. F. – Isso na realidade não acontece, pelo que podemos dizer que existirá sempre algo novo a descobrir no seio das neurociências. Temos o simples exemplo do HIV, apesar de não ser uma doença de cariz neurológico, surgiu apenas no século passado. E, agora em tom irónico, podemos sempre contar com os nossos genes para nos pregarem uma partida e, após uma qualquer mutação, criarem uma nova doença. Podemos também afirmar que a tão falada evolução da genética tem deixado a sua contribuição no desenvolvimento das neurociências; descobrir quais os genes responsáveis por determinada doença; aqueles que fornecem protecção e os que aumentam a predisposição para determinada doença. É também muito importante o papel dos factores ambientais na dita genética; se por um lado tudo o que acontece dentro da célula se deve aos seus genes, por outro lado, a expressão dos genes é regulada por múltiplos factores.

P. – A vida onírica é alvo de estudo das neurociências?
A. F. – A meu ver, este tema sobre o significado dos sonhos inserir-se-á mais na área da psicologia. Desconheço estudos que se debrucem sobre a capacidade onírica, como surgem os sonhos e porquê. Contudo, é possível saber qual a actividade cerebral durante as várias etapas do sono, através da inserção de eléctrodos em zonas cerebrais específicas e que mostram que o cérebro mantém actividade durante o sono e será essa actividade que possibilita a formação dos sonhos.

P. – O Homem desde há muito que utiliza drogas para poder promover em si mesmo o sentimento de bem-estar. Estes vícios criam alterações significativas nos processos neurológicos?
A. F. – Existem várias zonas que são alteradas pelo o uso de estupefacientes, e não me refiro a um uso exagerado. Por exemplo, no caso do haxixe, basta que se fume uma única vez para que a probabilidade de o indivíduo ter alucinações e de poder vir a sofrer de esquizofrenia no futuro aumente drasticamente. Já foi também demonstrado, através de exames imagiológicos e funcionais, que o cérebro de uma pessoa que consuma, por exemplo cocaína, apresenta alterações significativas da estrutura e função, como atrofia de certas regiões.

P. – Qual lhe parece então ser o principal objectivo das neurociências e que podemos esperar no futuro?
A. F. – O objectivo desta ciência pode ser bastante fácil de determinar, tendo em conta que passa por descobrir tudo que até ao momento não foi possível descodificar no nosso cérebro. A cada dia tenta-se encontrar a função específica de cada componente assim como o modo através do qual surgem as diferentes interacções, de onde surgem os estímulos e que mecanismos cerebrais são utilizados para se atingir um qualquer objectivo. Temos o exemplo recente da descoberta ligada à dependência da nicotina, enquadrada na ínsula, uma componente cerebral. Esta descoberta poderá em breve revolucionar o vício do tabaco.
O futuro passa também pela descoberta de novas técnicas de estudo, aliando a evolução tecnológica à evolução das neurociências, estudando doenças específicas pormenorizadamente como Parkinson e Alzheimer. Só desta forma serão descobertas as curas e/ou os tratamentos adequados, através de um processo lento e gradual, em que a maioria dos dados são como que inúteis num contexto isolado, mas que conjugados com outros constituem pequenos passos para atingir grandes descobertas
pesquei na net........

glossário

A fossa craniana média
A fossa craniana média ume  parte da cavidade intracranialdo crânio constituída por partes dos ossos esfenóide e temporal.
Cerebelo
O cerebelo é a parte do encéfalo responsável pela manutenção do equilíbrio e postura corporal, controle do tónus muscular e dos movimentos voluntários, bem como pela aprendizagem motora.

Congenita
Doenças congênitas são aquelas adquiridas antes do nascimento ou até mesmo depois do mesmo, no primeiro mês de vida, seja qual for a sua causa. Dentre essas doenças, aquelas caracterizadas por deformações estruturais são denominadas anormalidades.

Craniotomia : abertura do crânio através da remoção do osso.

Disestesia
Parestesia anormala dolorosa (sensação anormal)

Dura-mater
A mais externa, é espessa, dura e fibrosa, protegendo o tecido nervoso do ponto de vista mecânico. Não apresenta irrigação sanguínea. Na zona do crânio está aderente aos ossos, enquanto na coluna vertebral é deles separada por uma camada de gordura.
Efeito de massa
O efeito de massa desloca as demais estruturas cerebrais, causando diversos sintomas, como desvio das estruturas da linha média, e deslocamento posterior dos ventrículos laterais, aumenta a pressão intracraniana.

Endocrinopatia
Desequilibrio de hormonios

Endoscopia
Endoscopia, significa olhar dentro. Trata-se de uma especialidade médica que se ocupa de obter imagens médicas diagnósticas utilizando-se de um endoscópio. O endoscópio é um aparelho que consta basicamente de uma fonte de luz e alguma forma de visualização da imagem. São consideradas endoscopias.

Fissura interhemisferica
O cérebro é formado pelos dois hemisférios cerebrais, que por sua vez são separados de forma incompleta por uma grande fenda chamada fissura longitudinal do cérebro ou inter-hemisférica.

Espaço subaracnóide
Entre a membrana aracnóide e a pia-máter está a cavidade (espaço subaracnóide) também chamada de  cisterna aracnóide, onde circula o líquido cefalorraquidiana (líquor).

Fossa media
A fossa craniana média ume  parte da cavidade intracranialdo crânio constituída por partes dos ossos esfenóide e temporal.

Fossa posterior
A fossa cranial posterior é  ume  parte da cavidade intracranial constituída por partes dos ossos occipital e esfenóide aloja o cerebelo e tronco encefálico.

Fissura silviana
O lobo frontal é separado do temporal pela fissura silviana.

Hidrocefalia
O líquido cefaloraquidiano (líquor) é produzido constantemente dentro dos ventrículos cerebrais. Em pessoas normais, o líquor normalmente flui através de vias de um ventrículo ao próximo, e então para fora do cérebro, descendo para a medula .
Se as vias de drenagem do líquor forem obstruídas em algum ponto, o fluído se acumula nos ventrículos do cérebro, causando neles um inchaço - resultando na compressão do tecido ao redor. Em bebês e crianças, a cabeça se alargará; em crianças mais velhas e adultos, o tamanho da cabeça não aumenta porque os ossos que formam o crânio já estão completamente unidos.

Invaginacao
s.f. Medicina Dobramento de um órgão cavo sobre si mesmo, como um dedo de luva revirado: a invaginação do intestino causa sua oclusão.

Líquido cefalorraquidiano
O Cérebro, bem com o restante do sistema nervoso central, é protegido suplementarmente contra lesão pelo líquido cefalorraquidiano, também chamado de líquor. Este circula através da cavidade (espaço subaracnóide), em torno do cérebro e da medula espinal.

Medula Oblonga
Medula oblonga, ou bulbo é um componente do tronco encefálico, juntamento com outros órgãos como o mesencéfalo e a ponte, que estabelece comunicação entre o cérebro e a medula espinhal. É um órgão condutor de impulsos nervosos.<br><br>Relaciona-se também com funções vitais como a respiração, os batimentos do coração e a pressão arterial, e com alguns tipos de reflexos como mastigação, movimentos peristálticos, fala, piscar de olhos, secreção lacrimal e vômito.

Menbrana aracnoide
Com localização intermédia, esta é a mais fina das meninges e também não é irrigada pelo sangue. Esta é a membrana responsável pela produção do líquido cefalorraquidiano, que banha todas as cavidades do S.N.C., protegendo de pancadas e permitindo a distribuição da pressão e impedindo a fricção com os ossos. Ela é denominada aracnóide devido ao seu delicado arranjo em forma de teia de aranha de fibras colágenas e elásticas.

Meninges
O sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas meninges que são classificadas como três: dura-máter aracnóide pia-máterA inflamação das meninges é conhecida como meningite.

Neuroendoscopia
A neuroendoscopia é uma nova área em desenvolvimento da neurocirurgia que busca minimizar o tamanho da ferida cirúrgica com o mesmo resultado.A neuroendoscopia utiliza um pequeno telescópio e câmera de vídeo de alta resolução para ver dentro do crânio, cérebro e espinha. A neurocirurgia menos invasiva tem as inúmeras vantagens de uma pequena incisão e mínimo trauma para o cérebro ou coluna vertebral.

Parestesia
Parestesias são sensações cutâneas subjetivas (ex., frio, calor, formigamento, pressão, etc.) que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação.
Pia-mater
A membrana mais interna, é também muito fina e aderente a todas as voltas do Sistema Nervoso Central (SNC).Esta é a única membrana vascularizada, sendo a responsável pela barreira sangue-cérebro.

Ponte
Faz parte do sistema nervoso central e retransmite informações entre o cerebelo e o telencéfalo. Além disso contém os centros pneumotáxicos que ajudam a regular a respiração.

Regiao supraselar
A região  que fica acima da glândula hipófise. A hipófise situa-se no interior da caixa craniana, numa depressão óssea chamada sela túrcica.

Sela
a região da sela túrcica (ou sela turca) : cavidade óssea do crânio. Esta cavidade localiza-se na linha média para trás do nariz.

Ventriculos
O líquor circula no cérebro e medula espinhal através de cavidades especiais que constituem o chamado sistema ventricular. As cavidades são designadas como dois ventrículos laterais, o terceiro ventrículo e o quarto ventrículo. Comunicando os ventrículos laterais com o terceiro ventrículo encontram-se os forames ventriculares (um em cada hemisfério cerebral), enquanto o aqueduto de Sylvius comunica o terceiro ventrículo, situado no diencéfalo, com o quarto ventrículo, situado no rombencéfalo. Em cada uma das quatro cavidades ventriculares evagina-se um plexo vascular, responsável pela produção do líquor (o plexo coróide).

sábado, 23 de outubro de 2010

A LESÃO CEREBRAL COMO CAUSA DE DM

A lesão no cérebro pode causar graves problemas de aprendizagem e de adaptação ou, outras vezes, só desvios menores. As expressões lesão cerebral, lesão neurológica ou causa orgânica são sinônimos e se referem a um estado no qual as células do cérebro foram destruídas ou sofreram algum dano suficiente para causar um prejuízo no desempeno da pessoa. Essas lesões podem estar limitadas a áreas específicas do cérebro ou podem ser generalizadas (difusas) em todo tecido nervoso. Quando a lesão está localizada falamos em “lesão focal” e pode afetar somente as funções reguladas por essa parte do cérebro. Por outro lado, se a lesão é difusa, pode causar uma diminuição em muitas funções cerebrais, como por exemplo, da aprendizagem e do comportamento.
As lesões podem produzir-se em qualquer etapa do desenvolvimento. Pode ser conseqüência de fatores genéticos, de agentes tóxicos, de carências físicas e nutricionais, de doenças infecciosas ou agressões diretas sobre o cérebro.
Quando o Retardo Mental se deve a uma lesão do sistema nervoso central (SNC), ha pouca esperança de restaurar as áreas lesadas. Nesses casos, muitas vezes, o cérebro desenvolve um rendimento máximo nas áreas intactas para compensar o mau funcionamento das zonas danificadas. Os fatores causais mais freqüentes associados às lesões cerebrais são:
 Infecções; antes e depois do nascimento: causam lesões cerebrais algumas doenças da mãe, tais como a sífilis, outras encefalites e a rubéola durante a gravidez. As infecções pós-natais que acompanham ao sarampo, a tosse comprida (coqueluche), escarlatina, encefalite, meningite e outras doenças infecciosas da infância quando complicadas podem produzir dano cerebral.
Agentes tóxicos: os venenos, as drogas e substâncias tóxicas podem comprometer as células do tecido cerebral e impedir seu funcionamento normal.
Carências nutricionais e perturbações no metabolismo: depósitos de substâncias danosas às células do cérebro podem interferir em seu funcionamento normal, assim como as carências nutritivas também podem inibir o desenvolvimento neurológico do feto.
Fatores constitucionais: Acredita-se que a incompatibilidade sanguínea possa causar algumas desordens no metabolismo cerebral.
Lesões pré-natais, natais e pós-natais: podem produzir-se lesões cerebrais na etapa pré-natal como conseqüência de irradiação ou radioatividade, da carência de oxigênio devido asfixia materna, grave anemia maternal ou grave hipotensão arterial.

Comportamento adaptativo deficiencia mental

Comportamento adaptativo deficiencia mental
Um instrumento de avaliação da deficiência intelectual a ser utilizada por professores para medir seu desempenho a partir da adaptação e necessidade de intervenção de outros profissionais de saúde e educação é o PAC – Perfil de Avaliação da Competência.
·       Uma versão resumida do PAC (Primary Progress Assessment Chart - P=P.A.C.) aqui um pouco modificada, abrange uma investigação de: (1 ) Cuidado pessoal ; (2 ) Comunicação; (3 ) Socialização; (4 ) Ocupação
1 – Cuidado pessoal: Hábitos à mesa; Locomoção; Higiene; Vestuário
2 – Comunicação: Linguagem falada; Linguagem escrita; Atividade numérica; Conceitos básicos (usa advérbios discrimina diferenças e igualdade)
Temos como principais advérbios: Lugar: aqui, lá, perto, longe, centro (meio) através; Tempo: ontem, hoje, amanhã, antes, durante depois; Modo: muito, pouco, bom, ruim
Se portador de deficiências de órgãos sensoriais deve-se descrever e mensurar (acuidade auditiva, visual, déficits motores, disartrias etc.)
3 – Socialização : Atividades domésticas; Atividades recreativas; Comportamento em sala de aula; Sexualidade
4 – Ocupação: Agilidade; Destreza; Concentração; Responsabilidade (capacidade de cumprir ordens)

Muita gente confunde deficiência mental e doença mental

 Essa confusão é fácil de entender: os nomes são parecidos; as situações envolvidas, para leigos, são também parecidas. Mas são duas coisas bem distintas.
Segundo o DSM IV (Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais, edição de 1994), a deficiência mental é caracterizada por:
Um funcionamento intelectual significativamente inferior à média, acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, autocuidados, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, auto-suficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança. O início deve ocorrer antes dos 18 anos.
Ou seja, a deficiência mental, ou deficiência intelectual, não representa apenas um QI baixo, como muitos acreditam. Ela envolve dificuldades para realizar atividades do dia-a-dia e interagir com o meio em que a pessoa vive.