FELIZ 2011





Todas as postagens que não são de minha autoria é dado o devido crédito e citado a fonte, até porque quando se copia algo de alguém a intenção não é fazer plágio e sim divulgar as informações para um maior número de pessoas, favorecendo o conhecimento que é o meu maior objetivo com "ARQUIVO DO SABER".







domingo, 5 de dezembro de 2010

Punição: entrou por um ouvido, saiu pelo outro.

 

A disciplina, como metodologia educacional, é uma das principais ferramentas na qual a pedagogia se utiliza para manter o “bom andamento” das aulas. Como educadores, oferecemos recompensas e punições para selecionar bons comportamentos e eliminar os indesejados, contudo as práticas desses mecanismos de controle já perdem a eficácia com o crescimento das crianças.
A cada nova etapa da vida escolar, as crianças e adolescentes começam a se tornarem independentes e com isso, surge também uma maior força de resistência aos modelos tradicionais de controle e disciplina. 
Os motivadores extrínsecos são difíceis de serem descartados não apenas porque muitos professores não sabem o que fazer sem eles, mas também porque geralmente conseguem a realização da atividade desejada. Outra razão na qual se adota a orientação extrínseca é a aceitação da idéia de que, fazendo-se alguma coisa sobre o problema, significa fazer algo para os adolescentes.
Em sua maioria, os professores elegem as punições como principal meio de controle, porém segundo Kamii (1990) as punições levam a três possíveis resultados: “calculo de riscos”, no qual os adolescentes gastam seu tempo calculando se conseguiriam fazer algo impunemente, “conformismo cego” no qual os professores não conseguem ensinar a tomada responsável de decisões e a revolta.
Skinner, grande psicólogo americano da Psicologia comportamental, sustenta a tese de que, ao se punir alguém, procura-se tão-somente ensinar o que esta pessoa não deve fazer e provê-la de uma orientação insuficiente sobre aquilo que deveria ter feito. A punição nem sequer ensina o que não fazer muito menos a razão para fazê-lo, o que ela ensina na verdade, é o desejo de evitar a punição.
Sob a premissa “E se vocês forem bons...” nossas recompensas e elogios fazem do educar algo menos autoritário e punitivo, porém as recompensas também punem, elas não fazem adolescentes nem um pouco mais autônomos que as punições.
As recompensas rompem relacionamentos. Elas abrem uma enorme brecha entre educadores e alunos, definidos a partir delas como recompensadores e recompensados. Além disso, as recompensas ignoram razões e reduzem o desejo da criança para atuar de maneira particular.
Os valores verdadeiros e intrínsecos tem que se desenvolver de dentro para fora. Elogios e castigos podem mudar o comportamento, mas não podem mudar a pessoa que se compromete com o mesmo. Não devemos dar recompensas para adolescentes por terem realizado algo, mas oferece-lhes sempre uma razão para continuar a agir dessa forma.
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mesmo que eu não concorde, você tem o direito de dize-lo!